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7 de set. de 2011

Carta de mãe Burra

Meu querido filho Frederico,
Escrevo devagar porque sei que você não gosta de ler depressa. Se receber esta carta, é porque ela chegou. Se ela não chegar, me avise que eu mando outra, tá? O seu pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorre a 1 km de casa. Por isso, nos mudamos para mais longe. Sobre o casaco que você queria, o seu tio disse que seria muito caro mandar pelo correio por causa dos botões de ferro, que pesam muito. Assim, arranquei os botões e os coloquei no bolso. Quando chegar ai pregue-os de novo. Outro dia, explodiu o botijão de gás aqui da cozinha. Seu pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção! Foi a primeira vez em muitos anos que seu pai e eu saímos juntos. Sua irmã Laura está grávida, ela não tem certeza se o filho é mesmo dela e ainda não sabemos se é menino ou menina. Portanto, não sei se você vai ser tio ou tia. Hoje, seu irmão Valclintone, me deu muito trabalho. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive que ir em casa pegar a reserva para abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava arriada. Se vir a Dona Rosinha, diga  que mando lembranças. Se não vir, não diga nada.~

  
Realmente NÃO DIGA NADA


Carta tirada de: http://capricho.abril.com.br/blogs/blogdojerri/page/5/

Beijoo

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